Atendimento para Família Crianças Adolescentes Casal

Relacionamento nem sempre é um mar de rosas. Porém, quando um relacionamento sofre uma frequência de conflitos, sensação de tédio, raiva e ressentimentos constantes, podem indicar uma crise no relacionamento. Essa crise não indica fim de um relacionamento, mas um indicativo da necessidade de fortalecer e corrigir a relação, pois a crise pode induzir o casal se atualizar em suas ações e sentimentos um pelo outro, ou seja, conhecer mais ainda a pessoa com quem está dividindo a vida, mesmo que por muitos anos juntos.

Temos que saber, também, diferenciar o que é um período ruim do período de crises no relacionamento. As crises no relacionamento acontecem quando essa situação se prolonga por mais tempo e não dá sinal de melhora. Os fatores comuns que nutrem a crise do relacionamento: Fazer planos de vida separadamente. A falta de comunicação, que se tornar habitual e inercial. Diminuição das relações sexuais e da falta de interesse em melhorar a relação, sem esquecer das brigas e discussões constantes.

Para identificar é muito importante que sejam sinceros consigo mesmo e se ainda existe um sentimento pela pessoa com quem vive e se vale a pena investir em melhorar. Algumas ações que podem ajudar a identificar: Dar espaço para o outro e perceber o quanto sentem falta um do outro. Refletir sobre seus erros e perdoar os erros do outro, além de aprender a falar sem julgar e ouvir para entender o sentimento do outro. Lembre-se que, relacionamento em crise não significa que a relação tem que acabar, mas sim, se esforçar mais por ela, saber em qual nível se encontra e como saber para solucionar.

Terapia de casal é uma tentativa que muitas vezes obtem bons resultados, através de desenvolvimento de um diálogo construtivo, com linguagem clara e respeitosa, com a percepção de escolha do melhor momento e lugar para a conversa, sem deslegitimizar o sentimento e as falas do outro.

Embora tenha havido um grande impacto no mundo, o excesso de informações indefinidas sobre a pandemia estão prejudicando a saúde mental das pessoas do mundo todo, e particularmente, os sintomas de paranoia e alucinações.

Paranoia refere-se à crença irracional de quem alguém está sendo perseguido ou conspirado, e alucinações são experiências sensoriais de pessoas, lugares e coisas que não existem de fato. Visto que, tanto a paranoia como as alucinações podem ser desencadeadas por experiências de estresse, solidão e privação social e as duas experiências podem ser exacerbadas durante a pandemia.

Aqueles que habitualmente assistem ao noticiário sobre a pandemia, tendem sofrer paranoia e alucinações muito maior de quem não acompanha os notíciários constantemente. Ficar conexo nos emaranhados de informações, desinformações, fakenews e noticiários sensacionalistas, podem agravar ainda mais a relação entre o surto e os problemas na saúde mental.

Eu sugiro abster-se de reportagens sensacionalistas e adotar limitações nos interesses das informações sobre a doença e a cura e obter apenas as informações essenciais e relevantes para se proteger da doença. Eu tenho certeza que teremos ganhos e avanços significativos na luta contra o COVID-19 concentrando-se em notícias positivas, independentemente do tempo que levará para se obter a cura.

Uma grande parte dos pais não querem que os filhos voltem às aulas porque se sentem receosos pela exposição dos filhos, num momento que ainda não há um método de imunização garantida.

A pandemia trouxe à tona vulnerabilidades, em questões emocionais, ocasionados pela transformação negativa da rotina, como a privação social, interpessoal e distanciamento das atividades intelectuais complementares e recreativos, fatos que geram efeitos do isolamento e muitas vezes com consequências indesejadas, sob a ótica da saúde mental.

Nos momentos de desequilíbrios, os adolescentes adotam hábitos tóxicos, entre eles o consumo de bebidas alcoólicas, remédios e entorpecentes, pois as privações impostas por situações adversas como o lockdown, geram sentimentos negativos e emoções que sinalizam ao cérebro a necessidade de ativação positiva, ou seja, algo que possa amenizar o sofrimento emocional e lhe dar prazer.

Embora, sob o aspecto da pandemia que ainda não pode ser combatido, é necessário buscar formas de manter o equilíbrio em casa e para todos, para que o fato emocional não represente um mal maior que a própria pandemia.